Os carboidratos representam o principal substrato energético da dieta humana e constituem elemento central no metabolismo glicídico.
Entretanto, o impacto metabólico desses nutrientes varia de acordo com a estrutura molecular e a velocidade de digestão.
Para o prescritor, compreender essas distinções é fundamental na prevenção e manejo de distúrbios metabólicos, como resistência à insulina, síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2.
Continue a leitura para aprofundar-se na aplicação desse conhecimento no manejo dos distúrbios metabólicos.
Diferenças fisiológicas entre carboidratos simples e complexos
A seguir, apresenta-se uma comparação detalhada entre carboidratos simples e complexos:
| Característica | Carboidratos simples | Carboidratos complexos |
| Estrutura | Monossacarídeos e dissacarídeos (cadeias curtas) | Oligossacarídeos e polissacarídeos (cadeias longas) |
| Absorção | Rápida absorção intestinal | Digestão e absorção lentas, especialmente se associados a fibras |
| Efeito na glicemia | Elevação aguda da glicemia | Liberação gradual de glicose, promovendo estabilidade glicêmica |
| Resposta insulínica | Proporcionalmente elevada | Mais modulada, evitando picos insulínicos |
| Principais fontes | Sacarose, glicose, frutose livre, farinhas refinadas, bebidas açucaradas | Grãos integrais, leguminosas, tubérculos, vegetais ricos em amido |
Dessa forma, estratégias que promovem a liberação gradual de glicose contribuem diretamente para a manutenção da estabilidade glicêmica.
Adicionalmente, favorecem a homeostase metabólica, prolongam a saciedade e minimizam a sobrecarga pancreática.
A seguir, analise os impactos negativos das oscilações glicêmicas no organismo.
Picos glicêmicos: fisiopatologia e relevância clínica
Os picos glicêmicos ocorrem principalmente pela ingestão de refeições com alto índice e/ou carga glicêmica, associadas a uma baixa quantidade de fibras e proteínas.
A imagem a seguir ilustra os efeitos adversos da ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico, desde o aumento glicêmico até a hipoglicemia reativa:

Esse ciclo metabólico resulta em adaptações deletérias, como a diminuição progressiva da sensibilidade insulínica e a sobrecarga funcional das células β do pâncreas.
Consequências dos picos glicêmicos recorrentes
Os picos glicêmicos recorrentes, ocasionados pela ingestão frequente de carboidratos de alto índice glicêmico, têm o potencial de desencadear uma série de processos fisiopatológicos. Acompanhe como isso ocorre:
Resistência à insulina
A exposição prolongada à hiperglicemia e hiperinsulinemia altera a sinalização celular da insulina, exigindo mais hormônio para a mesma resposta.
Esse processo está na base da síndrome metabólica e do diabetes tipo 2.
Síndrome metabólica
Obesidade visceral, dislipidemia aterogênica, hipertensão e intolerância à glicose estão associados ao consumo excessivo de carboidratos de alto índice glicêmico (IG).
A hiperinsulinemia crônica favorece a disfunção endotelial e aumenta o risco cardiovascular.
Armazenamento de gordura
A insulina tem efeito anabólico sobre o tecido adiposo, estimulando a lipogênese.
Picos glicêmicos frequentes favorecem o acúmulo de gordura visceral, piorando a resistência insulínica e o risco cardiometabólico.
Diabetes mellitus tipo 2
A resistência insulínica progressiva leva à falência parcial das células β, comprometendo a secreção de insulina.
Isso resulta em diabetes tipo 2, com complicações vasculares micro e macrovasculares.
Considerando os impactos metabólicos associados às elevações agudas da glicemia, torna-se essencial adotar medidas que visem sua atenuação. Confira a seguir:
Estratégias para atenuação dos picos glicêmicos
O manejo dietético e de estilo de vida é determinante na prevenção e modulação dos efeitos deletérios dos picos glicêmicos. Entre as recomendações com maior respaldo científico, destacam-se:
- Substituição de carboidratos refinados por integrais, com maior teor de fibras solúveis, que reduzem a velocidade de absorção da glicose;
- Combinação de macronutrientes nas refeições (carboidratos + proteínas + lipídios de qualidade), modulando a resposta glicêmica pós-prandial;
- Fracionamento alimentar estruturado, prevenindo sobrecarga glicêmica decorrente de refeições volumosas;
- Restrição de ultraprocessados e bebidas açucaradas, principais fontes de carboidratos simples de rápida absorção;
- Promoção da atividade física regular, que aumenta a captação muscular de glicose de forma insulino-independente e melhora a sensibilidade insulínica.
O CONTROLA®, da Central Farma, é o complemento ideal para potencializar essas estratégias.
O CONTROLA® interrompe o ciclo fisiopatológico dos picos glicêmicos, previne resistência insulínica, diabetes tipo 2 e eventos cardiovasculares.
Como o suplemento CONTROLA® reduz os picos glicêmicos?
O CONTROLA® é um suplemento redutor da absorção de carboidratos, formulado com extrato padronizado a 5% de 1-desoxinojirimicina (DNJ).
O DNJ age como um inibidor competitivo e reversível da α-glucosidase, uma enzima fundamental para a quebra dos carboidratos no intestino.
O CONTROLA® retarda a absorção de glicose pela corrente sanguínea, atenuando o impacto dos carboidratos na elevação dos níveis glicêmicos pós-prandiais (após a refeição).
Confira os resultados clínicos do CONTROLA®, um suplemento com sólido respaldo científico, que demonstra eficácia no controle glicêmico e na modulação da resposta insulínica:

A posologia recomendada para CONTROLA® é a ingestão de 1 cápsula, 30 minutos antes das refeições principais, a fim de otimizar a modulação glicêmica.
Continue explorando nosso blog para conhecer os benefícios, indicações clínicas e mecanismos de ação do CONTROLA® e seu impacto no controle glicêmico.
Estratégias terapêuticas baseadas nos mecanismos glicêmicos
O efeito dos carboidratos sobre a saúde metabólica transcende a simples contagem de calorias. A qualidade da fonte alimentar, a presença de fibras e o índice glicêmico são determinantes para a resposta glicêmica e insulínica.
Para o prescritor, compreender esses mecanismos é essencial para estratégias terapêuticas eficazes, visando controle glicêmico, mitigação de risco cardiovascular e preservação da homeostase metabólica a longo prazo. Para orientações especializadas, fale conosco pelo WhatsApp.
Esse conteúdo agregou valor à sua prática? Conte para nós nos comentários.
Referências bibliográficas
Thondre PS, Lightowler H, Ahlstrom L, Gallagher A. Mulberry leaf extract improves glycaemic response and insulaemic response to sucrose in healthy subjects: results of a randomized, double blind, placebo-controlled study. Nutr Metab (Lond). 2021 Apr 15;18(1):41. doi: 10.1186/s12986-021-00571-2. Erratum in: Nutr Metab (Lond). 2021 May 26;18(1):52. doi: 10.1186/s12986-021-00577-w. PMID: 33858439; PMCID: PMC8047566.
Takahashi M, Mineshita Y, Yamagami J, Wang C, Fujihira K, Tahara Y, Kim HK, Nakaoka T, Shibata S. Effects of the timing of acute mulberry leaf extract intake on postprandial glucose metabolism in healthy adults: a randomised, placebo-controlled, double-blind study. Eur J Clin Nutr. 2023 Apr;77(4):468-473. doi: 10.1038/s41430-023-01259-x. Epub 2023 Jan 17. PMID: 36650279; PMCID: PMC10115625.
Wang R, Li Y, Mu W, Li Z, Sun J, Wang B, Zhong Z, Luo X, Xie C, Huang Y. Mulberry leaf extract reduces the glycemic indexes of four common dietary carbohydrates. Medicine (Baltimore). 2018 Aug;97(34):e11996. doi: 10.1097/MD.0000000000011996. PMID: 30142838; PMCID: PMC6113008.





