Neste artigo, entenda o que é colesterol HDL, qual colesterol é “bom” e “ruim”, o que significa triglicerídeos e, ainda, quais são os riscos do colesterol alto.
Um paciente jovem, sem histórico familiar relevante, chega ao consultório com sintomas recorrentes: fadiga intensa, desconforto torácico, insônia e episódios de palpitações.
Embora jovem e sem comorbidades, o relato indica um padrão comum: estresse elevado, alimentação inadequada, sedentarismo e privação de sono.
Esse perfil, cada vez mais frequente na prática clínica, reflete os efeitos acumulativos do estilo de vida moderno sobre a saúde cardiovascular.
O impacto do estilo de vida moderno na saúde cardiovascular
De acordo com o Ministério da Saúde e a OMS, doenças cardiovasculares causam 30% das mortes no Brasil e 32% no mundo.Sintomas como cansaço, dores no peito, formigamento, alterações de humor e cefaleias são cada vez mais comuns, afetando a qualidade de vida.
Esse cenário exige uma abordagem preventiva com identificação precoce de riscos, mesmo em pacientes aparentemente saudáveis.
Triglicerídeos e colesterol: o que são e seus impactos
O estilo de vida moderno afeta diretamente o perfil lipídico. Por isso, entender o papel dessas gorduras e seus riscos é essencial para a prevenção.
Funções essenciais no organismo
- O colesterol é uma gordura essencial para a estrutura das membranas celulares e para a produção de hormônios, vitaminas e ácidos biliares.
- Já os triglicerídeos são uma importante fonte de energia e a principal forma de gordura presente na dieta.
Quando o excesso se torna um problema?
- Em excesso, o colesterol alto causa inflamação nas artérias, favorece a formação de placas e aumenta o risco de infarto e AVC;
- Triglicerídeos altos favorecem a obesidade visceral, a esteatose hepática e processos inflamatórios crônicos que afetam o sistema vascular.
O papel do estilo de vida no desequilíbrio lipídico
Alimentação rica em açúcares e gorduras ultraprocessadas, sedentarismo e excesso de estresse contribuem para o aumento dos níveis séricos de colesterol e triglicerídeos.
Esse desequilíbrio, muitas vezes silencioso, promove inflamação de baixo grau e acelera a formação de placas ateroscleróticas.
Tipos de colesterol: qual colesterol é “bom” ou “ruim”?
O colesterol não circula isolado no sangue; ele precisa ser transportado por estruturas chamadas lipoproteínas (HDL, LDL, VLDL, IDL), cada uma com funções distintas.
Essas lipoproteínas são ‘pacotes’ que carregam o colesterol para diferentes partes do corpo e são classificadas pela densidade e função que desempenham.
Cada tipo traz riscos ou benefícios distintos ao sistema cardiovascular:
Colesterol HDL (o “colesterol bom”)
Colesterol HDL é o colesterol transportado pela lipoproteína HDL, que remove o excesso de colesterol das artérias.
- Remove o colesterol das artérias e transporta ao fígado;
- Reduz o risco de aterosclerose e doenças cardiovasculares;
- Níveis elevados estão associados à menor incidência de infarto e AVC.
Colesterol LDL (o “colesterol ruim”)
Colesterol LDL é o colesterol transportado pela lipoproteína LDL, que leva colesterol do fígado para os tecidos.
- Em excesso, acumula-se nas artérias e favorece a formação de placas;
- Aumenta o risco de aterosclerose, infarto e AVC;
- Níveis elevados são um fator importante para doenças cardiovasculares.
Colesterol VLDL (também considerado “ruim”)
Colesterol VLDL é o colesterol transportado pela lipoproteína VLDL, que carrega triglicerídeos.
- Seu excesso contribui para o acúmulo de gordura visceral;
- Está relacionado à inflamação vascular e aumento do risco cardiovascular;
- Níveis elevados favorecem a formação de placas ateroscleróticas.
Colesterol IDL (intermediário)
Colesterol IDL é o colesterol transportado pela lipoproteína IDL, que é uma transição entre VLDL e LDL.
- Em excesso, contribui para a progressão da aterosclerose;
- Aumenta o risco cardiovascular;
- Está relacionado à formação de placas nas artérias.
Colesterol Total
Colesterol total é a soma do colesterol transportado pelas lipoproteínas HDL, LDL, VLDL e IDL.
- Deve ser analisado em conjunto com outros marcadores lipídicos;
- Fundamental para avaliar o risco cardiovascular;
- Não reflete diretamente a qualidade do perfil lipídico, sendo necessário considerar outros indicadores.
Colesterol não-HDL
Colesterol não-HDL é a soma do colesterol transportado pelas lipoproteínas LDL, VLDL e IDL.
- É um indicador importante de risco cardiovascular;
- Especialmente relevante em casos de hipertrigliceridemia;
- Reflete a quantidade de colesterol aterogênico no sangue, auxiliando na avaliação do risco cardiovascular.
O que causa colesterol alto?
Colesterol alto pode ser causado por fatores como:
- Alimentação inadequada: dieta rica em gorduras e açúcares;
- Sedentarismo e estresse: afetam o metabolismo lipídico;
- Genética: predisposição familiar ao desequilíbrio lipídico;
- Inflamação crônica e gordura visceral: contribuem para a formação de placas nas artérias.
Reconhecer esses fatores e adotar intervenções eficazes é essencial para a gestão do risco cardiovascular.
O que colesterol alto pode causar no corpo?
Muitos pacientes não apresentam sintomas de colesterol alto evidentes, mas já convivem com riscos aumentados. Entre os sinais mais comuns, estão:
- Dor no peito ou desconforto ao esforço físico;
- Fadiga excessiva sem causa aparente;
- Dificuldade para respirar durante atividades leves;
- Tontura ou sensação de desmaio;
- Palpitações em repouso;
- Ganho de peso abdominal;
- Pressão arterial oscilante;
- Alterações no sono e desempenho físico.
Esses sinais, muitas vezes silenciosos, podem indicar complicações causadas pelo colesterol alto e requerem atenção médica, sendo sinais precoces de risco cardiovascular.
O papel da inflamação crônica de baixo grau
De forma silenciosa e persistente, essa inflamação está relacionada ao envelhecimento, à obesidade e à resistência à insulina.
Como consequência, favorece a instabilidade das placas, a disfunção endotelial e o aumento do risco cardiovascular.
Marcadores como PCR-us e ferritina ajudam na identificação precoce, sendo sua modulação essencial na prevenção de eventos e no controle metabólico.
O que podemos concluir sobre o risco cardiovascular?
Em resumo, compreendendo o colesterol alto e seus sintomas, a saúde cardiovascular é impactada pelos hábitos modernos e pela interação de fatores como estresse, sedentarismo e alimentação inadequada. Ter esse esclarecimento é essencial.
Reconhecer os sinais precoces e adotar intervenções baseadas em evidências é fundamental para a prevenção e controle das doenças cardiovasculares.
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Referências bibliográficas
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SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SOCERJ). Colesterol e Triglicerídeos. SOCERJ Disponível em: https://socerj.org.br/colesterol-e-triglicerideos/.