Ter o hábito de fazer exames regularmente é uma prática fundamental para saber se a sua saúde está em um nível adequado ou não. Nesse contexto, saber interpretar os resultados de exames de sangue se torna muito necessário.
Certamente você já recebeu esse documento com diferentes siglas e valores de referência, mas não conseguiu entender muita coisa, não é mesmo? Afinal, existem muitas variáveis. Por isso, com este artigo, o nosso objetivo é fazer com que você possa ver quais leituras são feitas a partir dos resultados obtidos.
Vamos explicar a importância dos exames de sangue, quais são os diferentes tipos, os valores de referência do laboratório, assim como as principais leituras possíveis. Continue a leitura para saber mais!
Qual é a importância dos exames de sangue?
Existem diferentes tipos de exames de sangue, porém o mais comum deles é o hemograma, que avalia a quantidade de células sanguíneas que existem no corpo. Por meio dele, é possível investigar anemias, infecções, câncer e muito mais.
Além do hemograma, existem outros exames de sangue que também são solicitados frequentemente, como o VHS (Velocidade de Hemossedimentação) e o TSH (Hormônio Estimulador da Tireoide. Enquanto o primeiro serve para investigar inflamações e infecções, o TSH tem como objetivo ver como está funcionando a tireoide.
Outros exemplos são o PSA (Antígeno Prostático Benigno), que analisa a existência do câncer de próstata, e o CPF (Creatinofosfoquinase), cujo objetivo é analisar a função cerebral, cardíaca e muscular do paciente.
Esses foram apenas alguns exemplos, mas, como você pôde notar, fazer os exames de sangue solicitados e entendê-los é necessário para descobrir como anda a sua saúde. No entanto, apenas um especialista pode avaliar de forma correta os resultados de exames de sangue. Ainda assim, isso não significa que você não precisa saber um pouco mais sobre eles.
Como interpretar os resultados de exames de sangue?
Para fazer leituras sobre os resultados de exames de sangue, o primeiro passo é entender qual foi o tipo de exame solicitado. Nesse caso, vamos supor que tenha sido um hemograma completo.
Esse exame é considerado de rotina, para que seja possível analisar como está a saúde do paciente. No entanto, também pode pedido por um especialista caso o paciente relate sintomas como cansaço, fraqueza, manchas roxas e sangramento intenso.
No hemograma completo, as hemácias, leucócitos e plaquetas que serão avaliadas. As três são células provenientes da medula óssea. Nesse exame, costumam ser solicitados itens mais específicos, como o eritograma (contagem de hemácias) e leucograma (contagem de leucócitos).
Para conseguir interpretar os resultados de exames de sangue, além de estar atento ao tipo deles, é necessário também ver quais são os valores de referência no laboratório onde eles foram realizados. Isso porque a referência muda de laboratório para laboratório. A seguir, falaremos melhor sobre o eritograma e o leucograma, importantes para a análise do hemograma.
Como analisar o eritograma?
A primeira parte do hemograma é o eritograma. Como dissemos, esse é o estudo das hemácias, que também podem ser chamadas de glóbulos ou células vermelhas. Portanto, é nesse momento que é analisado o número de hemácias e a concentração de hemoglobinas. A partir dos resultados, é possível saber, por exemplo, se o paciente está com anemia.
As hemácias têm valores de referência variados conforme a idade e o sexo do paciente. Caso seja constatado um número baixo de hemácias, isso pode significar uma anemia. Já se o número estiver bem alto, é possível que a espessura do sangue aumente e, assim, dificulte a circulação do sangue.
Já a hemoglobina é uma proteína que existe nas hemácias. Ela é responsável por transportar o oxigênio pelo organismo, então, se estiver em baixa concentração, todos os órgãos se tornam deficientes de oxigênio.
Pelo eritograma, você também consegue analisar o hematócrito, que mede a relação entre a massa da hemácia e o volume sanguíneo. Se os valores estiverem abaixo, isso pode significar uma anemia.
Outro componente analisado é o Volume Corpuscular Médio (VCM), que serve para verificar o tamanho das hemácias, item importante para o diagnóstico da anemia. No próprio exame é possível ver os valores considerados normais e anormais referentes ao tamanho.
Temos também a Hemoglobina Corpuscular Média (HCM), capaz de medir o peso da hemoglobina dentro da hemácia, o que auxilia em um diagnóstico mais preciso de anemias específicas. Por último, existe a Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM), responsável por medir a concentração de hemoglobina dentro da hemácia.
Como analisar o leucograma?
A segunda parte do hemograma é o leucograma, no qual são avaliadas a presença e a quantidade de leucócitos, também conhecidos como células ou glóbulos brancos. Essas são as nossas células de defesa, ajudando a combater agentes invasores.
Nessa etapa do hemograma, é possível avaliar a quantidade de leucócitos que, caso estejam em alta concentração, podem indicar infecções ou alguma doença. Já se estiverem em baixa quantidade, podem apontar infecções virais, assim como reações tóxicas.
O leucograma também inclui os basófilos que, em concentração normal, estão em 1%. Caso o valor seja maior que esse, talvez o paciente esteja passando por um processo alérgico. Temos também os linfócitos que, se estiverem em grande quantidade, podem indicar infecções virais ou leucemia.
Já os eosinófilos, caso estejam em alta concentração, podem indicar processo alérgico ou infecção causada por algum parasita. Enquanto isso, valores altos de neutrófilos estão ligados à infecção por bactérias. No leucograma, caso os monócitos estejam com valores altos, o paciente pode ter adquirido alguma infecção viral.
Esse exame também analisa as plaquetas, componentes fundamentais para a coagulação sanguínea. Caso estejam em baixa quantidade, isso pode significar algum problema na coagulação, por exemplo, diabetes. Por último, o leucograma avalia a presença de bastonetes, que devem estar em quantidade baixa ou nula. Se o valor for maior, isso pode indicar alguma infecção bacteriana.
Viu como existem diferentes itens a serem analisados nos resultados de exames de sangue? Ainda que você possa interpretá-los superficialmente, contar com o auxílio de um médico especialista é fundamental para entender tudo com maior profundidade.
Lembra que, no início do texto, nós falamos sobre o PSA? O câncer de próstata atinge principalmente homens a partir dos 50 anos. Para evitar a doença e entender melhor os cuidados relacionados à saúde do homem, confira o nosso post!